12 de jun. de 2010

O brilho do amor nos alimentos

São Paulo, intrigante, Argentina, mais adiante, não aguentaria esperar até a próxima estação onde pretendia ir a Índia, com o câmbio paralelo pagando o dobro do oficial, indo a Argentina, pagaria a passagem e ainda sobraria alguns dólares, e lá vou eu, João Dias venderia os Quinhentos dólares que tinha e me emprestaria, a passagem tinha comprado a prazo. Embarcaria no final da tarde, primeira viagem internacional. João  me garantiu que trocaria os dólares para que eu pudesse comprar novos quinhentos a preço oficial. Marcamos em baixo do Minhocão começo da tarde, e ele não apareceu, celulares não existiam, se aguardasse mais perderia o voo. Então parti com o que tinha e sem comprar nada. Ao retornar calculando o prejuíso, estava no primeiro vermelho de minha vida e com uma passagem para pagar. Estava com vontade de torcer o pescoço de alguém.
No Raja Yôga temos a prática de cozinhar na lembrança Dele, e transmitir vibrações que acreditamos serem transmitidas via alimento. Naquela manhã era eu o encarregado da cozinha, e tratei de esquece o acontecido e cozinhar nas melhores das vibrações. Morava no Museu nesta época, A tarde ao retornar do trabalho,  passei no Centro, fiz uma breve meditação, desci a Cardoso com os pensamentos ainda a flor da pele, o estrago tinha sido grande, melhor almoçar, embora já fosse tarde. Primeira bocada como diz minha mãe, segunda, terceira, e fui percebendo meus pensamentos mudarem e retornaram os mesmos sentimentos de quando tinha cozinhado de manhã. É a pratica. Algo parecido só tinha experimentado quando morava sozinho em São Carlos e cozinhei com tanta lembrança na república onde morava, que nos primeiros bocados, vi o alimento brilhante descer pelo meu corpo até o estômago. Antes de ir morar no Centro de São Carlos, morava nesta república sozinho em um quarto separado da casa. Até hoje me recordo de algumas meditações matinais que fiz no chão daquele quarto.
Na vida de um yogue, com certeza, a alimentação é uma ferramenta poderosíssima.



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