7 de out. de 2014

Sonhei com meu pai no momento presente


O  Domingo já havia deixado a experiência de que a maior criação é a interna, e a importância de nossas atuações. O ato de votar já havia marejado os olhos, ouvir o Show de Cristovão Bastos e o Grupo Água de Vintém deixou o coração em situação crítica. Vivendo sozinho com minha filha de oito anos, sendo pai, contador de histórias e entretenedor, fui dormir. Diante do tamanho da saudade busquei refúgio no colo do Pai Eterno, sentindo que Ele me acariciava a face... Adormeci no balcão/cama que tenho na sala e de onde posso avistar o pasto, a lua, e minha filha dormindo...

O jantar, além de delicioso estava um pouquinho salgado. Madrugada, sonho que estava dormindo e que com sede, me levantei para beber água. No sonho ao me levantar me deparo com meu pai, que parecia estar sentado na poltrona ao lado, ele me oferece um copo d´água que tinha nas mãos. Oba, que sede. Bebo, agradeço e volto a me deitar. Então me indago! Epa!!! Meu Pai já faleceu há muitos anos!!! Acordo, me levanto. Não há ninguém no sofá. Vou para a cozinha e bebendo água lembro-me do "sonho" que acabava de ter, havia sonhado com o presente. Sim, sentia que havia mais alguém presente.

Obs.: Como meu pai físico já faleceu há muitos anos, a lembrança que trago dele se mistura no tempo da infância, adolescência e tal. Yôgue que sou, tenho uma profunda relação com Prajapita Brahma como sendo meu pai e só o conheci por fotos e pensamentos, então não posso precisar qual dos dois me serviu a água.




Agradeço profundamente aos dois por até hoje serem referência para mim do que é ser pai e me inspirarem a sê-lo.


"Todo Sentimento"  (Cristovão Bastos - Chico Buarque) 

Preciso não dormir 
Até se consumar 
O tempo da gente 

Preciso conduzir 
Um tempo de te amar 
Te amando devagar e urgentemente 

Pretendo descobrir 
No último momento 
Um tempo que refaz o que desfez 
Que recolhe todo sentimento 
E bota no corpo uma outra vez 

Prometo te querer 
Até o amor cair 
Doente, doente 

Prefiro então partir 
A tempo de poder 
A gente se desvencilhar da gente 

Depois de te perder 
Te encontro com certeza 
Talvez num tempo da delicadeza 

Onde não diremos nada 
Nada aconteceu 
Apenas seguirei 
Como encantado ao lado teu. 
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20 de jun. de 2014

O valor do amor


Há mais de trinta anos alguém me presenteou com um cachecol. Eu sempre viajando, estradas, motos, caronas...  confesso nunca ter tido cuidado especial com ele. E olha que foram viagens, inúmeras casas, situações, etc, etc.... O cachecol foi tricotado pelas mãos da pessoa que o colocou em meu pescoço com bons votos. Passaram-se os anos.
Nestes dias depois de tanto tempo voltei a encontrar a pessoa via facebook, saudades, notícias, felicidade....
Agora a pouco olho para uma de minhas mesas e o que observo? O cachecol!!!


Coincidência? Acho que não. Creio que  tudo que é feito com amor permanece, ele é uma energia invisível, uma vibração que penetra que permanece até mesmo na matéria.... Por isto a importância de fazermos tudo com muito amor, o carinho de levar um presente, uma lembrança. 

Outro dia também visitei um amigo, um empresário ocupadíssimo, com várias empresas, edifícios, etc. e passando por sua sala ele fez questão de mostrar uma pequena lembrança que eu havia dado a ele há tantos anos... Eu mesmo nem lembrava mais de ter dado o objeto a ele, mas ele guardava aquilo com tanta consideração!  É o amor que permanece tanto no dar quanto no receber, dai a importância nestes dias de tamanho consumismo, de observarmos o valor que damos e agregamos as coisas. 

Muito importante também observarmos que no caso dos alimentos, muitas vezes o que agrada mais é a vibração, o amor com que aquilo foi preparado, é um tempero especial (que no caso dos alimentos não há como perder, passa a fazer parte da pessoa). Por isto que comentamos, não há como a comida de fulano... Não troco esta refeição simples por nada! É a vibração! 

Vale lembrar que o negativo também impregna as coisas, dai a importância de observarmos o que nos rodeia, e no caso dos alimentos, não só cuidar da qualidade, validade, sabor, procedência, higiene, etc. mas da pureza de quem preparou. 

Lembram da Branca de Neve? Foi uma mordida só na maça...

Ainda bem que existem príncipes por ai! 




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11 de jun. de 2014

O palco, o altar...



Sempre considerei uma apresentação musical, teatral, como um encontro espiritual, uma celebração, em nome da arte, nossa religião. Pois ali se vê a excelência, o culto a arte, aquilo que só se chegou com muita paciência e dedicação. E o impacto que nos causa estar diante de tanta harmonia, sim, nos lembra o culto, a liturgia, onde nosso Deus, a reza, é tudo aquilo se preza, ter se dado, dedicado, ter se feito estar ali, assistido de coração; O culto ao que é bom, sem discriminação, simplesmente reivindicando o direito de existir, o que faz aquele momento ser único.
A oportunidade de estar de coração aberto diante daqueles seres (os artistas) que puro coração são, é que faz a reação, é que fecunda e germina a emoção, e ali mesmo começamos a crescer, parecemos um novo ser, criado naquele culto da religião CULTURA.

Cultuar-te

Costurar a arte dentro de mim
O pano da música
A linha da fala
O botão da canção
Em cena ação
Cheiro, forma, movimento
A luz que esculpe o momento
O som
Apresentação, transmissão
A reza silenciosa que ocorre sem ninguém ver
A meditação profunda
Que nunca vamos esquecer
A vela acesa sem fogo,
Que tanto nos faz ser
A dança sentado parado
Por dentro a mexer
A foto que foi tirada
No álbum do ser a envelhecer
A escultura das formas talhadas
Que os olhos percorrem, gostam de ver
E tantas outras formas, inclusive vocês
Palavras bonitas,
Que agora mesmo
Me preso a escrever.


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2 de jun. de 2014

O filho do amor, a presença de Deus, o Espirito Santo




Pena um amor tão genuíno, puro, lindo e especial assim não ter tido espaço, tempo e oportunidade de se fortalecer, crescer, florescer e dar mais frutos... Talvez não fosse para sê-lo... Talvez nem tenha existido... são perspectivas, vai saber..

Que momento este, coisa mais linda! vc nem imagina o que estou sentindo. É como se vc estivesse cristalina em minha frente... Sem dúvida várias coisas em vc eu não entendi.... Oh meu amor..... mas eu entendi tantas. Agora será que precisamos entender tanto o outro? Ou simplesmente viver aquele pedacinho de tempo que a vida da para estarmos ao lado de alguém que nos encanta...

 Vamos deixar o tempo mostrar... não vamos fazer promessas, dar nomes. Juro que desejo (pois temos este direito, eu e vc), te encontrar, e olhar nos seus olhos, e sorrir, e vê-la sorridente. Preparados para o AMOR, ai Deus estará entre nós como sempre esteve, sempre lhe disse que eramos três, e se assim for vou te amar.



Estaremos dando o espaço e o tempo para fortalecer, crescer, florescer, e dar mais frutos... Sei lá, o filho do amor.... Vamos aguardar para vê-lo crescer...... esta plantado em mim, esta plantado em você.... Como a árvore que tem seu nome e que plantei bem na frente de minha porta só para não te esquecer, de tanto que te quero.... Um beijo neste seu coração enorme

Compartilhado com uma amiga este momento.... os bons votos de uma outra amiga... e a imagem inspiradora...



Que o nosso Amor por Deus, sempre viva, em cada olhar, em cada atitude, em cada pensamento... Que não seja apenas palavras da boca para fora, ou soltas ao vento... Que esse encontro invada nossa alma... Que essa vontade de sentir Sua Presença sempre reacenda nossa Luz interna... E que esse tesouro, precioso, secreto, dádiva de alegria, nos proporcione o encontro conosco mesmo!



Entendi, que só podemos compartilhar algo com quem esta vivo, consciente, e ai esta o significado da vida... a frase... onde dois estiverem juntos, eu estarei presente... Ele é o Pai... o Terceiro....
Então quando amamos, Ele esta presente. 

O FOGO, o AMOR


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30 de mai. de 2014

O duro de amar uma "Mulher"



O duro de amar uma mulher, não é conquistar, permanecer, amar. O duro, é deixar. Principalmente quando não conseguimos enxergar os defeitos, o amor nos faz ver tudo perfeito. Pior ainda quando não temos hábito de difamar, e nada acontece para podermos odiar, detestar; estes sentimentos não circulam em nosso coração; quando diante da decisão dela, amamos mais ainda, pois percebemos sua maturidade ao ver que um dos dois não esta preparado e que é melhor parar antes que um acidente aconteça. Ai surge a maior prova de amor, pois a gentileza, o respeito e aceitação nunca podem faltar para aquele a quem amamos.

Sábia orientação recebem os yôgues para que fiquem sozinhos, mas quando o coração é teimoso, quando o amor se tornou um estado, ai então...

Lembro-me de uma entrevista com a Gal Costa onde ela contava que encontrou o Vinícios de Moraes em uma pizzaria do Rio. Noite, e ele lá, acabado, triste, amargurado. Havia terminado um relacionamento e estava no chão. Gal estava acompanhada de uma jovem amiga baiana (Mãe de Santo). Vinícius ao vê-la mudou, a reação foi instantânea, e conversa vai, conversa vem... lá pelas quatro da manhã, Vinícios fez com que Gal saísse  e trousese um anel, uma joia para oficializar o "Noivado". A nova musa estava ali, casaram, viajaram mundo a fora, viveram muitos anos juntos, até que a chama se apagasse!

Valeu a pena? O que ficou? Acho que a experiência, a melhora contínua que acontece para aqueles que andam acompanhados do Pai, o maior dos amantes e refúgio dos solitários. Talvez isto nos leve a pensar que Ele mesmo trace estes encontros, estas uniões.

Fora da covardia e desrespeito de procurar outro para acalmar o coração, se seguimos sem medo e abertos, a sorte do amor bate de novo em nossa porta da forma mais inusitada e mágica.

Para os verdadeiros amantes, o amor é um estado, e quando vivemos amorosos e felizes com tudo nos tornamos sorridentes, mostramos que somos capazes de viver sem difamar ou caluniar, sem procurar defeitos para justificar. Sorrimos, e este sorriso abre a janela para um novo, AMOR.

Obs.: Prolixo dizer que o verdadeiro amor não escolhe sexo, todas as modernas conexões estão inclusas, basta que a mulher seja Mulher, e que o homem seja Homem, a questão é mais o masculino com o feminino, mas para que isto ocorra certamente eles serão centrados em si e Nele.



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18 de mai. de 2014

Brahma Kumaris - 35 Anos Brasil

Estive fazendo as contas, este ano estou completando 32 anos de estudo!!!! Heeeeee!!!!!

Parabéns a todos irmãos e irmãs do Brasil e do Mundo. Quanta satisfação... 

Me vejo diante desta Yaguia (Fogo Sacrificial).
A mesma vontade de se jogar surge, mas agora posso olhar para trás e ver, 
o que fiz e o que farei...    




15 de abr. de 2014

A Eternidade: O Tempo como um Ciclo








A Eternidade: O Tempo como um Ciclo

É difícil para a mente compreender a eternidade – sem início, sem fim... Os “porquês” são discutíveis e ficam sem resposta, quando não há um ponto de partida. Se eu olhar para um círculo, uma roda, é impossível encontrar o início ou o fim... Pode, tal imagem, ajudar-me a entender a eternidade?
Ao olhar para o mundo natural à minha volta, vejo ciclos intermináveis por toda a parte: no crescer e minguar da lua, na mudança gradual das estações do ano, no tempo medido no mostrador de um relógio... nada na natureza segue uma linha recta! Porque é que a natureza humana deveria ser a excepção?

O Ciclo do Drama do Mundo

O Drama do Mundo é a história das almas humanas, a sua ascensão e queda, vitória e derrota, felicidade e sofrimento, sabedoria e ignorância, liberdade e escravidão. É a história do jogo das forças do bem e do mal, e dos diferentes estados por que passam as almas humanas, em cinco diferentes épocas (actos). É a história da humanidade na sua viajem no drama (representação), através do ciclo da eternidade. É a história mais grandiosa alguma vez contada… e todos adoramos uma boa história!...

Os Cinco Actos do Drama (Peça) do Mundo

1º Acto: A Idade do Ouro

O 1º Acto inicia-se com a cena do despertar da idade do ouro. Cada indivíduo manifesta, no seu comportamento, a sua natureza divina de pureza, paz, felicidade, amor e verdade, em completa harmonia interior. As suas acções e relacionamentos, amorosos, são os fios que tecem o tecido da sociedade. São seres divinos, cujo respeito pela natureza é tal, que a Terra os serve com abundância. A vida familiar é plena de felicidade porque as relações são baseadas na honestidade e na confiança mútuas. O comportamento e as atitudes são altruístas e de partilha. A integridade da alma expressa-se através da sabedoria natural e da realização espiritual. É o paraíso.

2º Acto: A Idade da Prata

O 2º Acto continua com uma cena, em que a esplendorosa manhã do primeiro dia deu lugar a uma tarde amena e tranquila, onde se manifesta já um gradual declínio, desapercebido pelos próprios actores, que entretanto aumentaram significativamente em número. Embora continuem radiantes de amor e paz, embora a natureza continue resplandecente de cor e beleza, a frescura original que caracterizou a manhã, desapareceu. Os actores começam a prestar maior atenção à forma e funções externas, do que às realidades internas; as experiências dos sentidos vão deixando impressões na alma. A integridade começa a dar lugar à influência. Os recursos materiais são divididos em menor quantidade, para se ajustar à maior procura. Embora não haja negatividade ou tristeza, e todos continuem a ser mestres das artes de viver, a qualidade de vida é ligeiramente menor.

3º Acto: A Idade do Cobre

A mudança do 2º para o 3º Acto, à medida que começa a escurecer, é dramática. É marcada por uma radical mudança de consciência: do auto conhecimento para o auto esquecimento. Este esquecimento do verdadeiro “eu” espiritual, cria dualidade na mente dos actores. Os primeiros sinais de conflito interno e discórdia externa, aparecem dentro da própria peça. Esta queda do estado de graça da consciência da alma, para a ilusão da consciência do corpo, traz consigo a perda de auto-soberania. Os seres humanos são compelidos a procurar o poder e as posses, para compensar um vazio interno, crescente. Ao tentarem reencontrar a verdade e a iluminação perdidas, são enganados, acreditando que o acumular de bens materiais lhes trará segurança e paz mental.

4º Acto: A Idade do Ferro

O 4º Acto encontra o palco do mundo numa total escuridão, ilusão e desespero. Verifica-se um extraordinário declínio dos valores morais, éticos e espirituais. Os seres humanos encontram-se acorrentados aos pilares de práticas e hábitos imorais. A tristeza e a intranquilidade largamente espalhadas, tornam-se a regra do comportamento humano. O mundo está dividido em inúmeros grupos, muitos dos quais se opõem entre si em jogos de poder, com base nos seus próprios interesses e conveniências. A família humana está num ponto de rotura. À medida que a noite avança, a população sofre um aumento exponencial, até que os recursos do planeta alcançam os seus limites.

5º Acto: A Idade do Diamante

O 5º Acto consiste apenas numa cena, na qual o Director da Peça se torna o Actor Principal. Ele aparece silenciosamente, num canto do palco, e começa a desvendar as verdades inerentes à história da vida humana: a verdade da imortalidade da alma, o seu relacionamento eterno e verdadeiro com Deus , e o verdadeiro caminho para a elevação e preenchimento. Estas palavras de verdade suscitam, nos actores, lembranças profundas do seu passado longínquo; há um despertar... Diante do amanhecer, eles podem observar, de novo, o carrossel da vida, na sua totalidade: de uma natureza divina à dualidade, da Idade do Ouro à Idade do Ferro... cada alma moldando-se ao ritmo eterno de cada momento, até que o círculo se completa. Com o amor de Deus nos seus corações e a verdade a permear novamente o seu ser, os actores dão os últimos passos na sua saída do palco, unidos na visão da manhã dourada que se aproxima. A escuridão da noite vai dando, gradualmente, lugar à aurora do novo dia. À medida que a cortina vai descendo, no 5º Acto, ela sobe novamente para marcar o início do 1º Acto. A humanidade completou o círculo; a velha jornada da vida acabou; um novo mundo começa!...
O guião desta peça soa-lhe familiar? Já teve alguma vez a experiência de um “déjà vu” – o sentimento de que já cá esteve? E se a história for verdadeira, e já esteve, realmente neste lugar em tempos?

LIFE GODS: Gilberto Gil & Marisa Monte