5 de jun. de 2010

O Aleph de São Carlos



A nota Dez no exame de transferência da Faculdade de Londrina para USP de São Carlos, mostra que vinha com dedicação, mas o que mais me fazia pensar que iria encontrá-lo, senti ao caminhar pelo Campus e nas noites, desejando ir além dos telhados, onde o fato de ter visto naquele ano várias estrelas cadentes, talvez indique o quanto olhava para o Céu. Mas foi num cartaz, ele anunciava um curso de Raja Yoga, tinha um desenho oval com um ponto no centro e um yogue na base. Olhei e saquei, me inscrevi, e sai atrasado para a aula devido a um strognofe, embora fossemos vegetarianos na república onde morava com mais nove garotas e um Japonês, Sato. Atrasado que cheguei voltei lamentando, mas no outro dia, Aquela luz vermelha, aquele incenso, senti que ali havia poder. O nome do Professor, Adelino. Este merece um capítulo, isto porque ele só tem um braço.
O fato é que ali começava uma Odicéia, que não terminou e que não vai terminar, ela é eterna, me ensinaram quem sou, quem é meu Pai, como me lembrar Dele, como cuidar das minhas ações para poder Lembrar-me Dele, como e porque ensinar aquilo aos outros pois O Tempo estava próximo.
Hoje trinta anos depois, Vejo e Sei que ali, o universo se abriu para mim, e que realmente tinha encontrado o Aleph, e a única coisa que posso dizer, é que acredito Tê-lo visto mesmo sem poder descrevê-lo. Talvez hoje, passados trinta anos alguém possa entendê-lo através destas linhas.
Eu mesmo, pois sei que Ele esta sendo transmitido entre estas letras, e só o tempo, os olhos mansos e ações sábias, e o coração generoso saberão interpretá-las.

Ainda contarei sobre a palestra que do Ken, onde eu fui o único a aparecer. E que ouvinte... E outras histórias de São Carlos

Já escrevi: A palestra

Veja também: O Aleph

E o que o Paulo Coelho e o Cesar Di tem a ver com tudo isto?
A Ana Maria Braga explica.



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