19 de jun. de 2010

Londrina



Entre Santos onde cursava engenharia e São Carlos, cursar física em Londrina. Super jovem e sozinho caminhava carregando a certeza de não compactuar com esta sociedade, definitivamente procurava algo novo.
No Paraná com suas casas de madeira e sua terra vermelha, na rua atrás do restaurante universitário  facilmente contaríamos umas quinze repúblicas dos mais variados tipos e arranjos, e eu o Paulista logo fui apelidado de Maomé, barbudo, cabeludo, e esfarrapado, lembro-me de que na época tinha o hábito de utilizar tudo até o final (literalmente). Um dia uma estudante de medicina me chamou de lado no bar em frente de onde morava e disse "Olha não é por nada, mas eu estive lá em casa e vi esta calça, fica com ela para você, a sua esta meio... Agradeci, e não me lembro de ter utilizado a tal da calça, gostava mesmo é da minha.
Foi neste bar que no final de mais um dia tomei uma cerveja e fui dormir, saudade danada de São Paulo de minha namorada Soraya. Só sei que adormeci, quando acordei tinha tido uma das experiências mais marcantes de minha vida. Fui parar em Santo André, lembro-me perfeitamente, eu estava em seu quarto e a via dormindo, ainda observei o fato de tudo estar envolto em luz, e os detalhes de sua cama, percebia claramente que não estava ali fisicamente, e que também não se tratava de um sonho. Morta a saudade, acordei em Londrina, e depois daquela experiência, vi que havia algo muito mais poderoso que a matéria. O pensamento.



.

Nenhum comentário:

Postar um comentário