4 de jun. de 2010

O Aleph

O jovem tinha tudo para ser um bom metalúrgico, não fosse a vontade de se banhar ao sol nas costas do litoral brasileiro em pleno anos oitenta. O movimento hippie explodindo e se transformando; fora as greves, algo que realmente mechia com a sociedade. E lá estava eu no Estádio da Vila Euclídes vendo aquela multidão de metalúrgicos, e entre outros, Lula, o próprio, que hoje é presidente.

Carlos o argentino, numa daquelas tardes de metalúrgico, me chamou acanhado; ele erá de outra seção, e pouco falava com os demais. "Hei, gostaria de te oferecer este livro", era "Confesso que vivi" de Pablo Neruda. Agradeci, e não me desgrudei daquele livro por muitos anos, e vejo que o carrego na alma até hoje, pois foi ele que me conduziu ao Jorge Luiz Borges, e ao Aleph.





Nenhum comentário:

Postar um comentário