25 de mai. de 2012

O serviço

No estudo do Raja Yôga, temos quatro assuntos principais, Conhecimento (Gyan), Meditação (Yôga), Comportamento (Dharna), e o  Servir (Seva), Nosso Professor também se apresenta como Pai, Professor e Guru, o que nos leva a entender nossa congregação de várias maneiras, como família, escola, templo, exército, etc. Nesta e em próximas postagens vou abordar alguns aspectos referentes a estas analogias.

Servir

Historicamente notamos o engano do yôga e outros caminhos espirituais serem utilizados ou indicados para a melhora da performance profissional do indivíduo. Certamente que a sua performance espiritual o ajudará profissionalmente, mas o contrário não funcionará, será como colocar a carroça a frente dos bois.

Servir é sinônimo de doar e isto proporciona o crescimento, também podemos nos confundir  pensando que quem possue uma melhor posição profissional ou econômica terá maiores condições de servir. Ledo engano, na maioria das vezes a flecha que atinge o alvo é uma palavra, um olhar, um puro pensamento, uma atitude de doação, de ajuda e de entendimento, ingredientes muitas vezes ausentes em quem procura a excelente performance profissional.

Cabe também observarmos que o avanço nos assuntos que estudamos caminham e avançam nas mesmas proporções, ou seja, você não será um excelente servo sem avançar no yôga, sem melhorar o entendimento do conhecimento e realmente mudar seu comportamento. 

Quem procura o estudo espiritual com intenções diversas como emagrecer, enriquecer, encontrar parceiro, se divertir, melhorar sua posição social, etc, não só não atingirão seus objetivos, como também se prejudicarão, pois estarão se tornando um obstáculo aos que estão buscando o verdadeiro crescimento espiritual.

Então vamos ser honestos em nossos motivos, lembrando que aqueles que já trilham este caminho e promovem o mal entendimento de seus objetivos, fazendo promoções enganosas para aumentarem seus públicos, estarão envolvidos em duplo erro, o que os conduzirá a resultados bastante divergentes do que esperam, e observamos mais ainda. Depois de não atingirem o que procuram, cometem um erro maior ainda, difamando o caminho que percorreram e seus companheiros que somente estavam sendo corretos e sinceros nas propostas apresentadas. 

Vemos ainda que muitas vezes, estes indivíduos se juntam formando  grupos rivais em nome da espiritualidade (grande exemplo dado pelos católicos e yôgues de várias linhas que se detestam), o que cria um grande desserviço difamando a espiritualidade e nosso Pai, afastando muitos que poderiam estar caminhando e crescendo felizes na criação de um mundo melhor.


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Um comentário:

  1. O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS

    Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

    Tenho muito mais passado do que futuro.

    Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

    As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

    Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

    Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
    Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

    Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

    Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

    Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.

    'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
    Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

    Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta comtriunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,

    Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,

    O essencial faz a vida valer a pena.

    E para mim, basta o essencial!
    Mario de Andrade (1893 - 1945)

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